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sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008

Um breve panorama da arte e da cultura na Rússia Revolucionária

Um breve panorama da arte e da cultura na Rússia Revolucionária

Em plenas comemorações dos 90 anos da Revolução Russa, podemos traçar não apenas um panorama político dessa época tão rica, mas também um panorama cultural e artístico. Ao contrário do que muitos pensam, o famigerado “realismo socialista” não é a representação de outubro nas artes e sim a típica criação da burocracia restauracionista.

“Culto a personalidades”, “os processos de Moscou”, a teoria do “socialismo em um só país”, a “coexistência pacífica” com o imperialismo, são tristes fatos e políticas de um período de contra-revolução estalinista no regime soviético. Onde já não é mais a classe operária, através de seus organismos, que governa o primeiro estado operário da história e sim a burocracia termidoriana estalinista.

O “realismo socialista”, bem como sua suposta definição teórica, a “proletcult”, fundamentavam-se em equívocos teóricos graves, grotescos se não fossem maquiavélicos. Afirmavam que o proletariado, última classe a tomar o poder, antes da edificação do socialismo, que tem a tarefa de destruição do estado de classe, pudesse conseguir em uma época de luta encarniçada com o imperialismo, o capitalismo e a burguesia construir sua própria cultura e arte, em oposição à cultura e arte burguesas.

O velho Trotsky, afeito a crítica artística e cultural e também o grande Lênin, antes de sua morte, colocavam-se contra essas pretensões da então nascente burocracia soviética. Afirmavam como bons marxistas ortodoxos, que o proletariado enquanto classe deve ter um único destino, perecer como tal. Criando seu estado de classe e sua ditadura de classe por um breve período histórico transitório e a partir daí edificar uma sociedade, uma cultura e arte que respondam as necessidades e interesses dessa nova realidade. Porém, com o objetivo de construir o socialismo e posteriormente dissolver essa sociedade em uma sociedade comunista, sem classes sociais e sem estado de classe. Dando origem a primeira sociedade sem classes da história. Onde a cultura, ciência e as artes responderão a toda a humanidade e não a pequenos grupos de iluminados como hoje.

Esse é um esboço de um trabalho mais amplo.

Saudações marxistas

Franco machado

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